sexta-feira, 28 de março de 2008

"Soul sister" de respeito
As luzes acendem-se e fica mais clara a diversidade dos rostos que compõem a multidão. Há uma maioria de mulheres, mas também há pais que trazem crianças e homens que pagam bilhete para vir com os amigos. Não é muito comum ver tamanha concentração de fãs do género masculino no espectáculo de uma cantora desta dimensão. Não sejamos ingénuos ao ponto de negar o "sex appeal" de Alicia, nem redutores ao ponto de atribuir a presença masculina apenas à sua beleza e sensualidade (no concerto de Beyoncé, por exemplo, havia rapazes, mas a maior parte ia acompanhado das respectivas).
Reconhece-se nesta "soul sister" um exemplo de seriedade e profissionalismo que transcende essas e outras matérias. Aparentemente, e ao contrário de outras vedetas, não se vislumbra por ali qualquer tipo de plástico. É uma estrela, mas não tem a atitude de quem está a anos-luz do comum dos mortais. É linda, mas prefere não cair nas imagens esterotipadas da mulher – e porventura gastas –, veiculadas por outros nomes do género. Não é uma diva, apesar de merecer totalmente o título. Apresenta-se como uma rapariga como as outras, que só foi diferente porque acreditou no sonho que tinha quando ainda cantava no coro da igreja de Hell's Kitchen. É esta a sua mensagem.
O resto é respeito. Alicia tem um monte de Grammys em cima da lareira que asseguram o aval da crítica, tem fãs das mais diversas estirpes musicais, tem uma segurança e pulso no que faz que desmente os seus 28 anos e tem a coragem de montar um espectáculo de encher o olho q.b. sem cair na vulgaridade nem recear perder a credibilidade que decorre desta sua aura de autenticidade.
Cenários e coreografias funcionam como ilustração, não como manobra de diversão. É importante que se oiça cada acorde do seu piano – que, juramos, é onde se sente mais feliz –; que se oiça cada curva e contracurva da sua voz certeira, cheia, ligeiramente rouca; que a força da interpretação e das palavras sirvam de inspiração. Terá alguma mulher – ou homem – saído de um concerto de Alicia Keys com garra para fazer das fraquezas força e com vontade de agarrar o mundo? Muitas, sem dúvida. É façanha que tem muito de rara e muito pouco de "pequena".
in Publico.pt


Eu sai de lá com uma disposição tal, que nem me cansei de subir desde Pirescoxe (o que é humanamente impossivel! Acreditem lol) e sem parar! LOl


Qd é o próximo??? xD

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